domingo, 29 de maio de 2011

Erikson e a construção da identidade



Na aula de Psicologia do dia 23 de Maio falamos de Erikson e as suas posição face ao desenvolvimento pelo que resolvemos fazer uma pequena reflexão sobre as suas ideias e aplica-las ao nosso curso e nosso futuro como professores e treinadores, ou seja, educadores.

Erikson critica Freud, porque este não ter em conta, na sua concepção de desenvolvimento, as interacções entre o indivíduo e o meio. Freud defendia que a energia que orientava o desenvolvimento era de natureza libidinal, Erikson enfatiza o processo de construção de identidade e a sua dimensão psicossocial. É pois, desta natureza a energia que orienta o desenvolvimento. Ele valoriza especialmente as interacções entre a personalidade em transformação e o meio social. O desenvolvimento é um processo contínuo que se inicia com o nascimento e se prolonga até final da vida. A personalidade constrói-se à medida que a pessoa progride por estádios psicossociais que, no seu conjunto, constituem o ciclo da vida.

Erikson considera oito estádios psicossociais, oito idades no desenvolvimento ao longo da vida, desde o nascimento até à morte, tendo em conta aspectos biológicos, individuais e sociais.

Em cada estádio, há um predomínio de uma tarefa, que assume a forma de um conflito, ou crise, (psicossocial) entre duas dimensões (uma positiva e uma negativa), induzido pela interacção entre as exigências da sociedade e as características do indivíduo.

Esses oito estádios são os seguintes: Confiança versus desconfiança (até aos 18 meses), autonomia versus dúvida e vergonha (18meses aos 3 anos), iniciativa versus culpa (3 aos 6 anos), indústria versus inferioridade ( 6 aos 12 anos), identidade versus difusão/confusão (12 aos 20 anos), intimidade versus isolamento(20 aos 30 e tal anos), generatividade versus estagnação(30 e tal aos 60 e tal) e integridade versus desespero(mais de 65 anos).

No futuro, muito provavelmente, iremos contactar/trabalhar com pessoas inseridas no estádio Identidade versus Difusão/Confusão. Nestas idades o adolescente procurar saber quem é (construção da identidade) e em que quer tornar-se; pode também ficar confuso face a tantas possibilidades, sem saber o que quer, como agir, que pessoa é (confusão de identidade e de papéis). Aquele que resolve a crise de forma positiva adquire a lealdade como virtude. Ser leal é ser fiel a si próprio à sua identidade. Assim, como futuros professores/treinadores, cabe-nos também ajudar os adolescentes com quem vamos contactar a resolver este seu conflito interno. Faz parte da nossa função ajudar a moldar a sua identidade para que percebam quem realmente são, orientá-los nas suas escolhas futuras, tanto profissionais como pessoais, no fundo temos obrigação de contribuir para a construção da sua identidade. Esta é uma das nossas funções porque a nossa profissão de professor ou treinador ultrapassa em muito a mera transmissão de conhecimentos ou seja, antes de tudo isso, iremos ser educadores…

Desenvolvimento moral segundo Lawrence Kohlberg



Lawrence Kohlberg foi um conceituado psicólogo que se especializou e tornou-se celebre por ter estudado o desenvolvimento moral e ter dividido em estádios e níveis.

Lawrence Kohlberg criou três níveis da moralidade, o nível pré-convencional (infância), o nível convencional (adolescência/inicio idade adulta) e o nível pós-convencional (adulto) constituídos por seis estádios. Estes estádios foram um sistema novo de organização e compreensão, são qualitativamente diferentes e estão relacionados com a idade. Ou seja, o desenvolvimento moral depende da idade da pessoa em questão.

Esta divisão de Kohlberg em níveis deve-se principalmente com a diminuição de preocupação para com as consequências e aumento da preocupação para com as intenções do sujeito.

 Na divisão em estádios, verifica-se que dependendo da evolução moral das pessoas, estas poderiam atingir estádios mais elevados ou situar-se em estagios mais baixos. Raramente são as pessoas que se enquadram no estadio 6. Os problemas morais são uma constante para quem vive em sociedade e assim sendo o contributo de Lawrence Kohlberg, para a psicologia, foi uma mais-valia para a raça humana e os professores no ensino, encontram-se muitas vezes em problemas, por isso é necessário terem conhecimento sobre este tema para saberem a melhor forma de agir perante os diversos alunos que se encontram nos diversos estádios!

Desenvolvimento pessoal



Na aula do passado dia 26 de Abril abordamos o desenvolvimento pessoal segundo dois grandes autores: Sigmund Freud e Erik Erikson.

Sigmund Freud considera que a pessoa passa por 5 (cinco) estádios de desenvolvimento: Estádio Oral, Estádio Anal, Estádio Fálico, Período de Latência e Estádio Genital.

Estádio Oral

Este estádio começa no nascimento e estende-se até aos 18/24 meses de vida. Nesta fase a criança vive do prazer e dor, dos impulsos de colocar objectos na boca e da frustração de não os colocar. Todos os mecanismos ligados à boca, comer, trincar, salivar, sugar, representação impulsos de prazer para a criança.

Estádio Anal

Este segundo estádio segue-se ao estádio Oral e dura até ao terceiro ano de idade. Durante esta fase a criança os impulsos dirigem-se para o Ânus, a necessidade de controlar a tensão intestinal. O facto de terem que lidar com a frustração de esperar para realizar as suas necessidades leva a um crescimento da personalidade.

Estádio Fálico

Este estádio segue dos 3 anos até aos 5 anos de idade, onde o prazer/frustração estão relacionados com a zona genital. As dificuldades desta fase estão relacionadas para o inicio das impulsões sexuais ao progenitor do sexo oposto e dos problemas inerentes. A solução deste conflito está no complexo de Édipo/Electra e com a identificação do progenitor do mesmo sexo.

Período de Latência

Este será o período mais tranquilo e calmo do desenvolvimento da criança que durará até à puberdade. Nesta altura as impulsões sexuais serão postas em segundo plano, dando lugar primordial ao desenvolvimento cognitivo, normas sociais, assimilação de valores, continuando o desenvolvimento do Ego e o SuperEgo.

Estádio Genital

Começa na adolescência, e aqui as impulsões sexuais pelo sexo oposto têm o lugar principal devido às alterações físicas. A escolha de parceiro não é algo exclusivo deste estádio mas uma construção proveniente dos vários estádios abordados. Além disso, apesar de continuarem a agir durante toda a vida, os conflitos internos das fases anteriores atingem na fase genital uma estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.

Mecanismos de Defesa

Os mecanismos de defesa designam-se pela forma como as acções psicológicas podem colocar em perigo a integridade do ego.

Negação

Deslocamento

Regressão

Projecção

Formação Reactiva

Entre outros

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Piaget e o desenvolvimento cognitivo




" O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança
descobrir. Cria situações-problemas".

( Jean Piaget )
 


Deparei-me com esta frase quando tenta encontrar resposta para umas dúvidas sobre o tema do desenvolvimento cognitivo. Esta frase fez-me pensar como o professor tem que ser um ser muito conhecedor, não só das matérias que ensina, como também da própria psicologia do desenvolvimento.

Isto porque, como pudemos estudar nesta disciplina, o ser humano, segundo Piaget tem no seu desenvolvimento cognitivo como pilares centrais quatro estádios: o estádio sensório-motor, estádio pré-operatório, estádio das operações concretas e estádio das operações formais. Cada um tem determinadas características que fazem com que a criança aprenda progressivamente, pouco a pouco, e se vá desenvolvendo cognitivamente. Aqui entram os professores, que dominando completamente todos estes estágios, podem criar situações - problemas de modo a que, de acordo com a sua idade (correspondente a um estágio) possa ajudar a criança a pensar, a auto-desenvolver-se, a passar para o próximo “nível”, para o próximo estágio. Assim, estas situações - problemas vão aumentando de dificuldade de acordo com o estágio em que a criança se encontra, atingindo assim um desenvolvimento cognitivo e absoluto.

Ser professor não é apenas ser um génio da Biologia, Matemática, Física, etc, mas também ser conhecedor do ser humano e das suas capacidades e dificuldades. Só assim se conseguirá atingir o grande objectivo da educação: educar as pessoas de modo a que, mais tarde, tenham as bases para poderem ajudar o País, seja no que for. Piaget, como um dos grandes crânios de tudo o que tenha a ver com o desenvolvimento cognitivo fez um trabalho muito importante e evoluiu bastante a educação. A educação tem que cada vez mais se evoluir e expandir, Piaget fez a sua parte …

sábado, 23 de abril de 2011

Maturação física na adolescência

Ao chegar a adolescência, o seu humano depara-se com diversas modificações a nível corporal, e por vezes não estando preparado psicologicamente para essas mesmas modificações.

No sexo feminino, existe o aparecimento da primeira menstruação, crescimento do seio, alargamento das ancas e aparecimento de “borbulhas”, por exemplo. No sexo masculino a nível corporal temos o aumento do tamanho do pénis, o aparecimento dos pelos (“a mais evidente, a barba”), o acne e um desenvolvimento muscular.

Esta fase da vida é bastante complicada para os adolescentes muito por ventura de comparações, do tamanho do pénis, dos seios, etc…o que pode levar pessoas a baixarem a sua auto-estima e auto-confiança perante a sociedade e desenvolver traumas com o seu próprio corpo e podem não o conseguir aceitar, sendo que na adolescência o ser humano é muito vulnerável e instável psiquicamente (podendo em alguns casos chegar a depressões).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desenvolvimento Sensorial e Motor da Criança



Na aula prática estivemos a falar do desenvolvimento da criança, do seu desenvolvimento sensorial e do motor.

Como se sabe, o desenvolvimento sensório-motor da criança e feito (mais ou menos) até aos dois anos de idade e nesta fase que a criança ganha noção do eu, distinguindo o seu corpo e o que o rodeia.

“O Desenvolvimento Motor é o conjunto de transformações no comportamento motor e os processos subjacentes a essas transformações.”

(Motor Development Academy, 1980)

É importante que se dê uma boa aprendizagem e um bom desenvolvimento motor para que a criança se adapte bem e para que tenha um bom desenvolvimento sensorial.

Uma criança não nasce com a capacidade e com o conhecimento para compreender os estímulos ambientais. Esta capacidade só se desenvolve com o passar do tempo e com a experiencia. Á medida que o desenvolvimento sensorial se vai dando, a criança vai estando melhor preparada para perceber e para ser capaz de extrair a informação dos estímulos recebidos. Somente com o tempo e através da interacção com o mundo é que o bebé aprende a ver e a ouvir com sentido, ou seja, aprende a usar seus órgãos sensoriais e a atribuir significado às sensações captadas pelo corpo.

“Habilidades básicas como reconhecer as pessoas e coisas pressupõe habilidades ainda mais simples como aprender a atribuir significado a um estímulo visual. Compreender a fala requer aprender a processar sons, o que requer primeiramente reconhecer sons como coisas que podem ser processadas, e reconhecer o processamento como uma forma de extrair ordem do caos”.

(Jim Sinclair, 1992)


Para compreendermos melhor este desenvolvimento, falamos um pouco do sistema nervoso pois é o sistema nervoso que constrói, comunica e controla a toda a actividade do corpo, desde o movimento de um músculo á recepção de um sinal. A unidade básica do sistema nervoso é o neurónio:




O neurónio e responsável pela condução do impulso nervoso. Numa extremidade do neurónio é constituído por vários “ramos” chamados dendritos, estes recebem sinais eléctricos de outros neurónios. Este sinal passa pela bainha de mielina, e chega a outra extremidade, o axónio, este envia os sinais eléctricos para outro neurónio através da fenda sináptica. As sinapses , transporte do sinal eléctrico de um neurónio para o outro ocorre devido a uma substâncias chamados neurotransmissores.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Genie a Menina Selvagem - Texto Introdutório

Em função do documentário visto no dia 15 de Março de 2011 , sobre a Genie - a menina selvagem - , foi proposto a todos os alunos da turma F a realização de um crítica/reflexão a propósito do mesmo . Como todas as reflexões dos membros do grupo , apesar de diferentes , apresentaram a mesma base , decidimos então publicar no nosso Blog para que possa ser compreendida a nossa posição e reflexão sobre o tema em questão. Um ponto comum em todas as reflexões dos elementos do grupo é a importância do meio ambiente e do "convívio" com o exterior e com as outras pessoas tem um elevada responsabilidade no desenvolvimento do ser humano , principalmente nas crianças . Pois, só com este complemento à educação é que o ser humano poderá ter um desenvolvimento regrado, sustentável e completo.
 
Em baixo encontram-se então todas as reflexões que cada um dos membros do grupo realizou .